E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo
a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo. 1 Tessalonicenses
1.6
Quando a Palavra de Deus é ministrada por intermédio de
pessoas que têm compromisso com a Verdade, há conversões verdadeiras. Ora, os
que andam na carne só podem gerar filhos na carne, mas os que vivem na presença
do Senhor levam uma semente incorruptível e não uma mensagem religiosa (1 Pe
1.23). Por isso, “seus convertidos” são realmente discípulos, genuínos
imitadores de quem os evangeliza e, portanto, do Altíssimo.
O grupo de Paulo era fiel em cumprir o que Jesus havia
ordenado. Eles não somente apresentavam o Evangelho às pessoas, mas também as
faziam ser imitadoras do Senhor. Com isso, os incrédulos ficavam admirados,
pois o testemunho dos novos cristãos era tão forte que se tornava notícia para
todos. Hoje, é preciso que o mesmo aconteça com quem se diz salvo, pois o mundo
carece da manifestação dos filhos de Deus (Rm 8.19).
No entanto, a conversão não é automática, uma vez que os
novos convertidos se assemelham a recém-nascidos. Se deixarmos que sejam
indisciplinados na vida com Deus, eles não darão um bom testemunho e poderão
envergonhar-nos. Por essa razão, nossa preocupação deve ser exclusivamente
fazê-los discípulos de Jesus, ensinando o caminho em que devem andar, para que,
mesmo depois da nossa partida, fiquem firmes nos preceitos divinos.
Logo, não importa se eles recebem a Palavra em tempo de paz
ou tribulação, pois tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus (Rm
8.28a). Não devemos ficar ansiosos por algo, já que o Senhor sempre sabe o que
é melhor para que a mensagem do Evangelho seja semeada. Precisamos ser
dirigidos pelo nosso Pai, a fim de que a obra divina seja feita conforme o
desejo dEle.
Devemos ter em mente que somos ordenados a fazer discípulos
(Mt 28.19a). As pessoas que levamos à conversão são enviadas pelo Senhor para
aprenderem a fazer o mesmo que fomos ensinados por Jesus e Seus seguidores. O
Mestre nos deu o exemplo; por isso, não faz sentido seguir outro. Quem anda na
luz jamais tropeça (Jo 11.9b). O nosso manual é a Sagrada Escritura, e o que
ali está escrito é o que devemos fazer.
Os filhos que geramos em Cristo são muito preciosos e devem
ser motivo de louvor e não de repreensão. Em função disso, faremos bem se
investirmos tempo para formar neles o caráter cristão, pois, só assim, teremos
acertado na missão estabelecida para nós. Contudo, nossa preocupação deve ser a
de não gerar religiosos, mas, sim, imitadores do Senhor.
Outra questão de importância é em relação à Igreja que
devemos apresentar ao Mestre. Ela deve ser pura, imaculada e cheia de boas
obras (Ef 5.27). Entretanto, isso não acontecerá por mágica, mas, sim, pela
imitação de Cristo. O sinal de que o nosso povo está vivendo na presença de
Deus é o gozo do Espírito que todos devemos ter.