domingo, 12 de maio de 2013

O HOMEM NO ESTADO NATURAL


Atende ao meu clamor, porque estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu. Salmo 142.6

Na tradução atualizada, a expressão muito abatido é traduzida por muito fraco. Esse é o retrato do homem natural, quando não tem a assistência do Espírito de Deus. As lutas do dia a dia, as tentações e as decepções conseguem abater aqueles que não sabem tirar da fraqueza força. A saída é clamar ao Senhor para que atenda ao nosso clamor e nos livre dos nossos perseguidores, os quais são mais fortes do que nós.
Clamar a Deus não significa propriamente gritar em voz alta, mas exprimir um pedido firme e profundo, proveniente do nosso interior, com mais força que o grito natural. Essa é a oração que, fundamentada no que Deus fala em Sua Palavra, é atendida. Sem dúvida, foi assim que Ismael, filho de Abraão e Agar, orou no deserto em busca da ajuda divina, e foi sob a direção do Senhor que Davi escreveu o pedido desse Salmo.
Os adversários de Davi não eram mais fortes do que os nossos, e o salmista aprendeu que o clamor o ajudaria a se livrar deles. Ora, os que não fazem tal pedido caem nas mãos desses seres perversos, cujo propósito é matar, roubar e destruir (Jo 10.10a). O Altíssimo sabe de tudo o que ocorre conosco e, quando oramos a Ele pedindo ajuda, Ele pode entrar em ação e nos libertar. Deixar de clamar é o mesmo que decretar a própria derrota.
Se o perseguidor moral ataca uma pessoa, não adianta ela ficar dizendo que não vai cair. Quando ele vem para tentar alguém, traz consigo as ferramentas do Inferno que já fizeram muitos sucumbirem à tentação; ao mesmo tempo, os demônios são enviados para cumprir o plano de Satanás. O perseguidor só não acabará com a pessoa que ele pretende oprimir, se ela clamar a Deus, o qual, prontamente, irá socorrê-la.
Da mesma forma age o perseguidor da área financeira. Se você não se livrar dele, sua vida será tão miserável, que você chegará a amaldiçoar a Deus, que nada tem a ver com a sua infelicidade. O remédio inicial é ver onde você caiu, ou que porta abriu para o diabo se aproximar. Isso é possível pela Palavra. O ato seguinte é abrir o coração e pedir a ajuda divina, pois o Senhor é Refúgio, Fortaleza e Socorro (Sl 18.2).
Por fim, quando há perseguidores, você se sente fraco espiritualmente; então, sem forças e sem poder, não consegue resistir. Contudo, ao clamar ao Pai, no mesmo instante, Ele começa a fortalecer você; então, com a fé firme, repreenda toda força infernal. Sem dúvida, os que colocam a fé no Todo-Poderoso são fortificados de tal modo que o inimigo, por mais preparado que esteja, será envergonhado e derrotado.

sábado, 11 de maio de 2013

PLANOS DESNECESSÁRIOS


E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para que vão pelas aldeias e comprem comida para si. Mateus 14.15

O homem é mestre em dar conselhos. Mesmo as pessoas que estão em sofrimento, ao encontrarem outras em situação difícil, sempre tentam orientá-las, apesar de estarem em circunstâncias semelhantes. Se você se deixar ser ensinado, não faltarão pessoas para lhe darem a direção que julgam certa; no entanto, elas não descobrem o que poderá levá-las a conseguir solução para seus problemas. Só Jesus tem a cura para todos os males.
O dia se punha, e os discípulos do Mestre estavam agitados. Eles viram o Senhor parar o que tinha programado para dar atenção aos que O buscaram e, mesmo vendo milagres ocorrerem, não atinaram para o fato de que Jesus tinha muito mais para lhes mostrar sobre a glória de Deus. Chegaram diante do Senhor e, de modo direto, disseram a Ele que o dia estava se pondo e deveria despedir a multidão.
O cuidado de Deus é maior do que o do homem. É claro que Ele não deixaria a multidão ali ao Seu lado, o tempo todo, pois as pessoas tinham outros afazeres. Mas, querendo dar aos discípulos uma lição preciosa, Ele os deixou falar. Como se o Mestre não soubesse, contaram que aquele era um lugar deserto e, como a noite estava chegando, a multidão deveria ser despedida para que fosse comprar comida nas aldeias.
Muitas vezes, tomamos atitudes como a dos discípulos e perdemos tempo. O Senhor não precisa que digamos a Ele o que fazer; na verdade, precisamos ficar de ouvidos abertos para as Suas instruções. Ele é Deus e, por isso, sabe de tudo. O Pai jamais improvisa nem se engana em nenhuma de Suas decisões. O mesmo não ocorre conosco; se não tivermos a Sua orientação, nunca acertaremos.
Nunca diga ao Altíssimo o que deve ser feito. O melhor é perguntar sobre o que devemos falar, decidir ou para onde ir. Os que assim fizerem e prestarem atenção ao que Ele dirá, certamente, serão bem-sucedidos. Se já temos Sua direção, mesmo que pareça que nada funcionará, o resultado provará que Ele sabe o que diz e faz. A Palavra de Deus é Luz para o nosso caminho e Lâmpada para os nossos pés (Sl 119.105).
Como resposta, o Mestre afirmou que os discípulos deveriam alimentar aquelas pessoas, e, sem nada entender, eles responderam que só havia cinco pães e dois peixinhos. Jesus, então, pediu-lhes que trouxessem os alimentos e, após dar instruções e ver que eles as seguiram, abençoou os pães e os partiu. Com isso, todos comeram e ainda sobrou muita coisa (Mt 14.16-20). Com Jesus sempre será assim.