domingo, 21 de outubro de 2012

CUIDADO COM OS RELIGIOSOS

Então, os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar a cama.
                                                                                                              João 5.10

Os religiosos podem atrapalhá-lo a receber e a manter o seu milagre. Esse tipo de pessoa age assim porque não teve uma experiência real com Deus, mas um mero convencimento mental. Ora, esse tipo de fé é perigoso, pois, além de não ajudar em nada, dificulta quem tem de viver na lei da liberdade, o Evangelho. A religião é tão perniciosa que seus adeptos chegam a aceitar como normais certas atitudes erradas.
No evangelho de João, vemos que a fé cega daquele homem o fez ficar 38 anos assentado à beira do poço, esperando para ser curado. Ele deveria ser extremamente religioso. No entanto, com o passar do tempo, provavelmente se tornou alguém cheio de mágoas e sem esperança. Ao ser visitado por Jesus, nem reconheceu que sua oportunidade havia chegado. Porém, com sabedoria, o Salvador o fez agir corretamente: ele não mais precisava de oração, mas de ação.
A religião não curou aquele homem em algum dos seis dias da semana em que não havia restrições. Na verdade, os religiosos judeus nem entendiam o significado do sábado. Hoje, vemos pessoas com bom coração, sendo zelosas em causas religiosas que não ajudam em nada. Se, porém, elas não abrirem os olhos, um dia, quando acordarem do lado de lá, verão que não foram salvas e que tudo praticado com a fé cega foi pura perda de tempo.
Jesus é soberano sobre todo preceito religioso. Ele pode transformar em santo aquele que, por exemplo, encontra-se fora do Caminho do Senhor, esteja no crime ou em qualquer outra prática do diabo. A religião intimida-se diante da situação de alguém assim, pois, para ela, quem nascer mau morrerá nessa mesma condição. O que já se investiu de maldade em nome de alguma religião serve para provar que ela não tem base na Verdade. Somente o Evangelho – que não é religião – é o poder divino para a salvação e as demais bênçãos.
Se os religiosos fossem de Deus, deveriam ter feito a maior festa em Jerusalém, pois, afinal, fora curado um homem que era paralítico havia 38 anos. Se eles temessem o Senhor, não haveria as disputas que temos hoje diante dos nossos olhos. O temor faz com que as pessoas respeitem as diferenças e até as enfermidades do próximo sejam curadas. Os que de verdade servem ao Altíssimo alegram-se com o que Ele faz pelos necessitados.
O homem conhecia o preceito religioso, mas não queria des obedecer ao Único capaz de lhe devolver a saúde. Por crer na descida de um anjo, ele ficou a maior parte da sua vida em vigília. Agora, porém, como foi curado sem esforço próprio, ele sabia que deveria fazer o que lhe fora ordenado. Que essa seja também a sua atitude hoje!

MUDANÇA DE OBJETIVO

E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante, serás pescador de homens.
                                                                                                                 Lucas 5.10

Este versículo do evangelho de Lucas nos dá grandes e poderosas lições. Na verdade, esse é o objetivo da Palavra. Diariamente, ao ler a Bíblia, preste atenção ao que você aprende, pois é desse modo que o Senhor fala. Tudo o que vier a aprender considere como mandamento. Por meio da Sua Palavra, Deus lhe envia o poder necessário para fazer o que Ela lhe anuncia. Portanto, não caia no erro de desprezar o que Ele lhe diz.
Certa vez, Jesus precisou do barco de Pedro (Lc 5.3). Muitas vezes, Ele também precisa de algo seu, e você sente que deve emprestar, mas não o faz. A sua casa, por exemplo, poderia tornar-se, uma vez por semana ou por mês, um local onde outros aprenderiam a Palavra e seriam abençoados. O Mestre mostrava a importância de se fazerem reuniões em que os pobres, doentes e demais sofredores pudessem ser abençoados (Mt 15.29-39; Mc 1.32-34). Hoje, poucas pessoas abrem as portas da sua casa para recebê-Lo, mas o fazem para outros fins.
Após a pregação de Jesus, veio a recompensa. Pedro ficou maravilhado com o que aprendera. Mesmo sendo um pescador experiente, nada havia apanhado; mesmo assim, lançou a rede novamente, obedecendo ao Senhor. O mar não estava para peixe, segundo o lado natural das coisas. Todavia, quem obedece à Palavra vê Seu poder em ação sempre. Então, de um momento para o outro, as redes se encheram de tantos peixes que se romperam (Lc 5.6). Isso mostra que quem segue a direção divina é sempre abençoado.
Pedro e seus companheiros ficaram maravilhados; afinal, o que estavam presenciando ia além da expectativa. Nem em um bom dia de pesca aquilo aconteceria. Que essa lição fique no coração de todos os que emprestam algo ao Senhor, pois Sua recompensa não tarda. Caso Pedro deixasse de lançar a rede e dissesse: “Senhor, não precisa ser agradável… Eu emprestei o barco sem esperar nada”, ele teria perdido a pesca e a lição.
Jesus mostrou a Pedro Sua real intenção: indicar uma mudança de objetivo. Ele continuaria pescador, mas de homens. Seria tanta gente, que o Mestre o advertiu de que não temesse. É de pregadores assim que a Igreja precisa. Pessoas que lançarão redes, as quais virão cheias de peixes. Quem aprende com o Salvador não compara a ordem do Mestre com aquilo que sabe. Finalmente, surpreende-se, pois andar com Jesus é ver milagres a toda hora.
Inicialmente assombrado, Pedro pediu que o Mestre Se retirasse dele (v. 8). As operações divinas causam espanto naqueles com bons propósitos. Esses são os que farão a obra com a ajuda de Deus, pois a santidade é o primeiro elemento necessário para que o Senhor lhe dê um ministério.