quarta-feira, 10 de julho de 2013

Objetivos claros


Reverendo Machado
Reverendo Leandro José Machado é líder da Igreja da Graça em Portugal. É casado com Luciana Dutra e pai de João Vitor e Pedro Alexandre. Reside em Lisboa desde setembro de 2003.
Ter objetivos claros e bem definidos gera motivação. Da mesma forma, a falta desta clareza produz desânimo e dúvidas.
Conheço a história de um oficial da Marinha que resolveu se aposentar antes do tempo. Quando questionado por um familiar sobre o porquê da decisão, respondeu: “Eu gostava de estar na Marinha na época da guerra. Não que gostasse da guerra, mas, naquela época, todos sabíamos o propósito de estarmos ali e o que deveríamos fazer. O problema da Marinha nos tempos de paz é que não sabíamos bem o que fazer, e isso me deixou desmotivado”.
Reflita sobre o texto de Filipenses, capítulo 3, versículos 13 e 14:
Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

SOMOS DIFERENTES


E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência. Romanos 5.3

Como salvos, somos diferentes das demais pessoas. Elas se gloriam nas coisas boas e agradáveis, mas ficam desesperadas – e algumas, bem agressivas – quando estão passando por alguma prova. O salvo, porém, gloria-se tanto na glória de Deus, quando esta o visita e o reveste, como nas tribulações. Isso porque, como temos o Espírito Santo dentro de nós, não importa o que aconteça ao nosso redor, sempre somos vitoriosos (Rm 8.31-39).
Os cristãos que ainda não atingiram essa posição espiritual não usufruem de tudo o que está à disposição de quem caminha para a perfeição. Para os maduros na fé, não interessa onde e como vivem, pois sabem que, tanto na fartura como na escassez, em todas as coisas, são mais do que vencedores (Rm 8.37). Assim, ainda que tudo caia ao seu redor, os que vivem a plenitude da fé sabem que nada poderá atingi-los (Sl 91.7).
Então, que tipo de cristão você tem sido? Faça um autoexame e veja se realmente permanece na fé. Não se deixe enganar; o mesmo que os homens que serviram a Deus no passado tiveram do Senhor nós também podemos ter. Se nos colocarem na fornalha aquecida sete vezes mais que o normal, nenhum fio de cabelo nosso será queimado. Se for na cova dos leões, a boca dos animais será fechada (Dn 3.8-27; 6.15-23).
Se o Senhor é nosso Refúgio e nossa Fortaleza, além de socorro bem presente na tribulação (Sl 46.1), por que nos desesperarmos e escancararmos a boca, deixando uma torrente de lamentações saírem do nosso interior? Ora, o que a boca fala é o que existe dentro do coração (Lc 6.45); por isso, se, de fato, somos de Deus, por que permitimos que o coração se encha de medo, covardia e maldade para ofender o Santo Espírito que habita em nós?
A tribulação só tem permissão de nos visitar para o nosso bem. Quando entramos em uma batalha, saímos mais fortes, ricos e ungidos, porque é na dificuldade que ganhamos mais paciência e, com isso, ficamos preparados para maiores obras e realizações que farão com que o nosso Deus seja glorificado. O Altíssimo tem mais para você e, por essa razão, leva-o a se preparar para tomar posse de coisas superiores.
Portanto, encare a tribulação como uma oportunidade de ouro para mostrar em quem realmente você tem crido. A sociedade, a Igreja, a família e os amigos irão beneficiar-se, se, ao passar pelo teste, você sair aprovado (Tg 1.2-4,12). Com mais experiência, paciência e virtude divina em sua vida, a luz do Senhor brilhará mais forte para aquele que está atrapalhado na vida. Deus o levantou para ser uma bênção.