segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ESFORCE-SE PELO MELHOR


O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões. Provérbios 10.12

A impiedade é, nada mais nada menos, do que falta de amor à Palavra. Para os ímpios, o que Deus diz não tem a importância que Ele declara ter (Sl 36.1). Alguns deles afirmam que temem o Altíssimo, mas não O respeitam como tal. Muitos se esforçam em favor do bem comum e, em alguns casos, chegam a se privar de conforto, bens e da própria vida para que outros vivam bem.
Pelo lado humano, o ímpio impressiona pelas coisas que tem descoberto. O avanço da Ciência, a criação de apetrechos modernos e a dedicação ao próximo são mudanças que, não se pode negar, são boas. Mas o defeito dos ímpios é não reconhecer a Pessoa do Criador, não se submeter a Ele nem Lhe servir. Na verdade, eles não sabem que o que produzem sem a ajuda divina de nada aproveita para a vida eterna.
Muitos se esforçam demasiadamente nos estudos para aprender e ajudar a humanidade a viver melhor. Isso ocorre em diversos ramos da Ciência que, em todos os seus setores, são impressionantes e, em se tratando de coisas temporais, são necessários. Mas por que apenas pensar em descobrir aquilo que o Criador fez e não se dedicar a conhecê-Lo, já que Ele deu origem a tudo?
Os ímpios não entendem que suas descobertas só têm valor no mundo terreno; para a vida eterna, elas não servem. Pelo fato de não darem atenção ao que Deus diz, eles não reconhecem que precisam nascer de novo, a fim de que não se percam para sempre. Mesmo tendo se dedicado bastante ajudando a aliviar a dor do próximo, sem nascer de novo, terão muitas dores na eternidade (Jo 3.3).
Os que aprendem a confiar na justiça divina e usam o poder que o Senhor colocou ao seu dispor são livres da morte – a natureza de Satanás. Sabemos que o inimigo é o causador de todos os males, pois foi ele quem enganou o primeiro casal. Por não desejarem aprender os caminhos de Deus, os ímpios tropeçam em tudo e, um dia, cairão no abismo que não tem fundo. Apenas quando já for tarde demais é que se lembrarão de que desprezaram a vida.
Por que viver no ambiente em que o reino do mal domina? Quem pertence ao Senhor aprende o que é amar, a desfrutar das boas coisas e a não ter nenhuma ação do maligno em sua vida (Rm 8.28). Perde muito quem não dá ouvidos à Verdade; do contrário, não seria escravo da sua natureza pervertida e má.
Como todas as pessoas se esforçam para aprender o que a Ciência tem descoberto, os que nasceram de novo precisam dar o máximo de si para aprender a respeito da justiça divina. Esse esforço não é mental nem físico, mas espiritual. Para a glória do Altíssimo, os salvos não só têm a justiça divina operando em seu favor, como também, em Jesus, são a própria justiça de Deus.

QUANDO A PAIXÃO DOMINA


Vi entre os simples, descobri entre os jovens, um jovem falto de juízo. Provérbios 7.7

As ações de quem deixou o demônio da paixão entrar em seu coração são iguais em todas as partes. A descrição do jovem sem juízo serve para todas as pessoas como sinal de alerta do que pode ocorrer com quem não resiste ao espírito que faz virar a cabeça de muitos. Os que se deixarem tomar por esse sentimento maligno, quando passar a fase do “encanto”, irão sentir-se como as piores pessoas.
No início do capítulo que estamos estudando, o Altíssimo endureceu Suas palavras para aqueles que Ele chama de filhos. O Senhor não falaria algo à toa nem deixaria de avisar alguém do grande perigo que é deixar-se encantar por outro. Aqueles que se recusam a ouvir, mais tarde, se tiverem oportunidade de se arrepender, haverão de chorar muito; além do mais, sua vergonha nunca será esquecida.
O certo é guardar a divina Palavra e conservá-la. Quem zela pelos mandamentos vive; já quem os despreza vegeta espiritualmente. A lei de Deus deve ser observada como fazemos com a menina dos nossos olhos, e Suas ordenanças precisam ser guardadas entre os nossos dedos e escritas na tábua do nosso coração (Pv 7.3). Isso deve ser feito por todo aquele que ama a própria vida.
A Sabedoria tem de ser considerada como irmã, e o Entendimento como parente (v. 4), como se fossem pessoas da nossa família, as quais amamos verdadeiramente e com quem convivemos prazerosamente. Se fizermos isso, seremos guardados da pessoa alheia, da estranha que lisonjeia com os seus lábios (v. 5). Ao nos orientar assim, o Altíssimo nos mostra a grande capacidade de sedução que tais pessoas possuem.
Das grades de Sua casa, Deus nos observa (v. 6). Ele vê tudo o que acontece conosco e como somos suscetíveis a ser enganados e seduzidos. O Pai celeste vê o imaturo, carente de juízo, que foi fisgado pelo inimigo. Depois de ser apanhado, o incauto não para nunca e fica andando de um lado para o outro, nas esquinas da vida, procurando encontrar-se com a pessoa que o enfeitiçou.
Se isso estiver acontecendo com você, busque correndo a ajuda divina; vá ao Senhor e confesse que você está preso pelo espírito imundo da sedução. Se não fizer isso com urgência, cairá nas mentiras do inimigo e, depois, nada mais poderá ser feito em seu favor. A sedução é impiedosa em relação àqueles que se encantam com ela e se rendem aos seus desejos, mas o Senhor é mais forte.
O apaixonado não cessa de andar de um lado para o outro. Ele segue o caminho que o demônio lhe mostra, comporta-se de modo ridículo e, por fim, entrega-se ao diabo, que sempre cobra, com juros e correção monetária, o “favor” que fez. A pessoa prostituída é apaixonada e inquieta, e sua vítima a segue como ovelha que vai ao matadouro (v. 22).