sábado, 21 de setembro de 2013

NA MESMA MOEDA


Assim falou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Executai juízo verdadeiro, mostrai piedade e misericórdia cada um a seu irmão. Zacarias 7.9

A ordem do Senhor havia sido dada. Os israelitas sabiam o que deviam fazer, mas não fizeram como lhes fora ordenado. O mesmo tem ocorrido, hoje, com muitos cristãos que se deixam levar pela tentação; com isso, o inimigo os tem enfraquecido, levando-os a uma vida de submissão aos caprichos malignos. Tudo o que vem do diabo não presta e deve ser rechaçado com urgência.
Deus havia comissionado Seu povo a executar o juízo verdadeiro. Ora, o juízo efetuado pelo homem, aos olhos da Verdade, é falso. Ainda que o devido processo legal tenha sido cumprido à risca, o fato de a lei do homem não ser submissa à do Senhor, e não levar em consideração a causa que leva alguém ao ato ilícito – a opressão de Satanás –, o que for decidido pelo Tribunal, de modo geral, não será a sentença correta.
No entanto, o juízo verdadeiro não visa punir o homem, mas, sim, o demônio que levou o incauto a fazer a sua vontade. A pessoa sem a genuína libertação jamais conhecerá o seu Deus e, por isso, nunca agirá conforme as regras das Escrituras. Quem é do Senhor deve preparar-se para ser usado por Ele do mesmo modo como Jesus o foi. O Filho do Altíssimo julgava segundo a reta justiça – a revelação da Palavra (Jo 7.24).
Um dos exemplos em que Cristo executou o verdadeiro juízo se deu na sinagoga de Cafarnaum. Por 18 anos, uma filha de Abraão era oprimida por Satanás. A cada dia, sua coluna se encurvava mais. Em nossas igrejas, se prestarmos atenção, veremos pessoas a quem o diabo mais e mais afunda no poço do sofrimento. Contudo, da mesma maneira que Jesus libertou aquela mulher, tais pessoas também podem ser libertas por Ele.
Quando não usamos a autoridade que nos foi dada sobre todo o poder do diabo, deixando de libertar as viúvas, os órfãos, o estrangeiro e o pobre da sua angústia, ou intentamos o mal em nosso coração contra o próximo, falhamos completamente. Com isso, somos considerados culpados tanto quanto os espíritos opressores. Os que não atenderem à ordem divina terão de dar contas da sua negligência (Jr 48.10).
Não é certo endurecer o coração como diamante. Quem assim o fizer verá que desprezou a Palavra que podia libertá-lo. Quem não atender ao mandamento divino não agirá como servo do Senhor e, portanto, não usará o poder divino para livrar os oprimidos. Ao agir assim, esse indivíduo perceberá que não foi boa coisa dar as costas para Deus. É importante saber que quem fecha os seus ouvidos também fecha os do Todo-Poderoso.
O certo é ouvir as palavras do Senhor dos Exércitos enviadas pelo Seu Espírito. Elas estão escritas na Bíblia. Saiba que quem as desprezar enfrentará a grande ira do Onipotente no grande Dia e, enquanto permanecer na rebeldia, também sofrerá. O desprezo que você der a Deus fará com que Ele não possa ajudá-lo no momento da sua aflição.


COLOCANDO VINHO NOVO EM ODRES NOVOS


E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas. Lucas 8.1-3

Se seguirmos o exemplo deixado pelo Senhor Jesus, não teremos de tentar reformar nenhuma organização religiosa. Não existe na Bíblia nenhuma orientação de Deus sobre lutar para preservar o nome de uma igreja. Nos Céus, não entrarão as religiões com os seus bens, mas, sim, pessoas nascidas de novo. Isso nos mostra que o amor ao Senhor deve ser maior do que o da placa da denominação que frequentamos.
Veja bem, não estou pregando desobediência à liderança das igrejas. Na verdade, os ministérios levantados pelo Senhor que continuam servindo a Ele, segundo as Escrituras, são guardados e protegidos por Ele (Sl 97.10). No entanto, quando o Altíssimo chama alguém para fazer uma obra nova, pelo fato de a igreja atual estar desprezando a direção divina, tal indivíduo deve lembrar-se de que o vinho novo precisa ser colocado em odres novos.
Jesus não escolheu nenhum dos Seus discípulos do grupo sacerdotal do judaísmo. Ele chamou pessoas comuns, como as mulheres descritas por Lucas, a fim de ajudá-Lo na evangelização. Imagine se algum sacerdote tivesse sido eleito apóstolo! Será que ele teria discordado do Senhor sobre Suas mensagens? É bem provável que sim. Como o Mestre nos deu o exemplo em tudo, é bom seguirmos mais esse.
Maria Madalena, que fazia parte do Seu grupo, era possuída por sete demônios. Somente Deus sabe o que essa mulher fazia antes de ter sido liberta e salva. No entanto, depois, como nova criatura, ela pôde seguir a “caravana” do Mestre e ajudar na obra. Todos os que também tiveram uma vida errada, mas foram salvos e convocados pelo Senhor para o Seu ministério, estão aptos a ser usados pelo Altíssimo.
Muitos candidatos ao ministério são elevados a tal posição por pura motivação humana e, em alguns casos, demoníaca. Essas pessoas darão um péssimo testemunho e, ainda, poderão ser a causa de muitos se desviarem e nunca quererem dar ouvidos ao Senhor. É inevitável que venham escândalos, mas ai daquele por intermédio de quem eles vierem (Mt 18.7)! Os servos de Deus precisam estar 100% libertos.
Se ainda tem guardado em seu coração um pecado o qual você dizia que jamais confessaria, sente desejos malignos pecaminosos fortíssimos e, de vez em quando, os pratica, busque a ajuda de um homem de Deus. Não permita que o diabo continue a dominá-lo.
De Maria Madalena Jesus expulsou sete demônios. Se tivesse ficado um só no coração dela, tal espírito maligno seria senhor da vida dela, e ela lhe obedeceria. Você tem de estar completamente liberto para não ser usado pelo diabo, mas, sim, pelo Senhor.