domingo, 6 de outubro de 2013

O FATOR INCREDULIDADE


E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade. Hebreus 3.19

Como qualquer um de nós, o Senhor também não fica nada satisfeito com aquele que bate a porta na face dEle. A incredulidade é a pior desfeita que uma pessoa pode fazer a Deus. Por ser sábio, o Altíssimo sabe revelar-Se a ela e, ao mesmo tempo, levá-la a crer no que Ele diz para que possa abençoá-la. Contudo, por não vigiar, ela se deixa levar pelo demônio e prefere agir na incredulidade.
Com mão forte, o Senhor tirou do Egito os filhos de Israel e, com essa mesma mão, tirou-nos do império das trevas (Cl 1.13). A nossa salvação não ocorreu de qualquer maneira, mas foi obra de Quem é perfeito e Todo-Poderoso ao mesmo tempo. Assim como os israelitas se deram à incredulidade, muitas vezes, nós também deixamos esse sentimento maligno tomar conta do nosso coração.
No entanto, os israelitas incrédulos não ficaram sem o devido castigo. Por causa da maldade do seu coração, tiveram de caminhar durante 40 anos pelo deserto. Quantas pessoas têm vagado de um lado para o outro por não crerem no fato de que Deus é poderoso para ajudá-las e cumprir Suas promessas na vida delas. Somente os filhos daqueles homens maldosos entraram em Canaã; assim mesmo, após seus pais morrerem.
Josué foi grande diante do Altíssimo. Ele aprendeu com Moisés por 40 anos a confiar no Onipotente. Chegou o tempo em que as tribos de Israel deveriam assumir a Terra da Promessa. O sucessor de Moisés foi brilhante, pois conseguiu colocar todo o povo na Terra Santa. Porém, já idoso, ouviu o Senhor dizer-lhe que ainda havia muita terra a ser conquistada. De algum modo, ele não creu completamente. Será que estamos fazendo o mesmo?
O pai do garoto que sofria de epilepsia (Mc 9) reconheceu que esse era o seu problema. Durante quantos anos aquele menino quis tirar a própria vida no fogo e na água, e quantas lágrimas trouxe para os seus pais? Ninguém expulsava o demônio dele, nem mesmo os discípulos de Jesus conseguiram tal feito. Entretanto, quando o pai teve um encontro com Jesus, chorou muitíssimo e pediu que o auxiliasse em sua incredulidade.
Tomé teve o privilégio de ser contado entre os 12. Ele andou com Jesus, ouviu aquela voz maravilhosa muitas vezes, aprendeu com o Mestre dos mestres, viu todo o tipo de operação milagrosa ocorrer. No entanto, após ressuscitar, o Senhor Se revelou onde os outros discípulos estavam reunidos. Mais tarde, ao saber disso, Tomé disse que não cria a menos que visse o lugar dos cravos e o buraco da espada que perfurou o corpo de Cristo.
A incredulidade tem impedido a Igreja do Senhor de avançar na ocupação da terra que lhe foi dada. Alguns servos não aceitam que uma das missões deles é prosperar e financiar a obra de Deus. Eles se acham donos do que possuem, e, por isso, a incredulidade de seus corações paralisa a mão divina e os impedem de conseguir mais.

AUTORIDADE DE PAI NA FÉ


Escrevi-te confiado na tua obediência, sabendo que ainda farás mais do que digo. Filemom 1.21

A carta de Paulo a Filemom tem muito a nos ensinar sobre o respeito e a consideração que devemos ter para com aqueles que foram usados pelo Senhor, a fim de nos trazer para o Seu Reino. Assim como no casamento o homem deixa pai e mãe e se une à mulher com a finalidade de ser um só corpo com ela, a pessoa que sente o chamado de Deus se junta ao Corpo de Cristo – a Igreja – com a unção que recebeu para tal.
Da união de um homem e uma mulher surge uma nova família. Os frutos desse relacionamento estão debaixo da bênção dos pais. Os filhos só podem abandonar esse “corpo” para constituir nova família. No caso espiritual, só podemos afastar-nos de nossas igrejas locais para cumprir alguma chamada divina. Contudo, a decisão deve ser estudada e tomada quando houver plena certeza de que isso é da vontade de Deus.
No casamento, se uma terceira pessoa entrar no relacionamento, a parte que abriu essa brecha pagará um preço caro, pois trouxe loucura para o que Deus planejou que fosse santo e perfeito (Hb 13.4). Os desvios que houver nessa família, as obras do diabo que ali acontecerem – acidentes, mortes prematuras, suicídios e demais coisas do demônio – são de responsabilidade da pessoa que negou a Palavra e adulterou.
Deus me chamou para fazer uma obra que se compara a um corpo espiritual, o qual Ele me usou para iniciar. Aprouve ao Senhor levantar uma “família” dentro da família divina. Os que já me prejudicaram, fazendo alguns se desviarem, tornando-se adúlteros espirituais e alguns naturais, haverão de prestar contas do prejuízo dado ao Corpo do Senhor – a Igreja eterna de Cristo. Ai daqueles por intermédio de quem vierem os escândalos (Mt 18.7)!
Paulo foi solidário a Onésimo, ao pedir a Filemom que recebesse com amor fraterno esse ex-escravo, o qual havia fugido da casa de Filemom. Após ter encontrado Paulo em Roma e ter-se convertido, Onésimo deixou de ser um escravo fujão para tornar-se um irmão em Cristo do seu ex-senhor. De Paulo ele se tornou um filho na fé (v. 12), assim como Filemom. Ao devolvê-lo, Paulo se propôs a pagar a dívida do ex-escravo se necessário fosse.
O apóstolo lembrou a Filemom que ele próprio devia sua vida a Paulo. Meu Deus! Quanta revelação! Quantas pessoas o Senhor me usou para ganhar para Ele e que foram arrebanhadas por outros! Se elas tivessem ficado firmes na obra para a qual fui chamado, com o dízimo e as ofertas delas, eu já poderia ter alcançado todos os países do mundo! Muitas vidas têm-se perdido e tantas outras já morreram no pecado! E quem será o responsável?
Por que alguém se deixa ser usado para destruir o lar alheio? O que será daquele que se permite ser manipulado pelo inimigo para destruir ou enfraquecer a obra de Deus? Esse pagará caro por fazer isso!