O RESULTADO DO MEDO

Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. Mateus 14.30

 A única maneira de andarmos sobre os problemas que surgem em nosso dia a dia é pela fé. Encarar e vencer as batalhas são atitudes que provam o quanto somos obedientes ao Senhor. Deus não foi surpreendido com as lutas pelas quais estamos passando; Ele já providenciou o que é preciso para que possamos vencê-las. Por isso, Ele nos leva a navegar por mares que, algumas vezes, tornam-se perigosos; no entanto, basta seguirmos Suas instruções e chegaremos a salvo no destino apontado.

Os discípulos foram obrigados pelo Mestre a entrar no barco e passar para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. Pode ser que não entendamos o que o Senhor faz, mas nunca devemos questionar por que Ele nos colocou em determinado lugar, em tal família, ou permitiu que algo nos acontecesse. Afinal, Ele sabe de tudo e, por nos amar, muitas vezes, prepara-nos de um modo que julgamos não ser o melhor para nós. Acredite que o Espírito Santo sabe lhe dar as orientações necessárias.

Jamais recuse qualquer ordem do Altíssimo, pois, sem dúvida, ao lhe ordenar algo, Ele lhe dará uma lição importante. Os salvos devem aprender com os que serviram a Deus no passado. Eles sabiam estar contentes tanto em tempos de abundância como de escassez, porque tinham um só propósito: fazer a vontade divina. O mesmo sentimento deve existir em nós; desse modo, agradaremos o Senhor por completo e em tudo.

Jamais grite de medo se um “fantasma” surgir na sua frente; aliás, essa história de fantasmas é para pessoas que ainda não se tornaram adultas na fé. Se uma catástrofe se abater sobre o mar, e você estiver nele, não se desespere, pois o Senhor dará a solução. Se acontecer algo triste no seu casamento, ou em qualquer outra área da sua vida, fique firme e continue crendo no Senhor, porque o final de tudo será maravilhoso.

Pedro andou sobre as águas enquanto agia por fé. No entanto, quando observou que ventava muito, que as águas estavam empoladas e, por isso, poderia morrer, ele teve medo e começou a afundar. O segredo é não observar nenhuma circunstância. Quem tira os olhos de Jesus passa a ver o que o diabo mostra. Nesse momento, surgirão o medo e os laços que amarrarão a sua fé e o impedirão de seguir em frente.

Caso sinta que está naufragando, clame ao Senhor para que o salve. Deus há de ouvir a sua voz tão logo você peça socorro. Se Pedro tivesse tentado sair nadando daquela tempestade, teria morrido. A luta espiritual só pode ser vencida com a ajuda divina. A mão de Jesus segurou a do apóstolo e o levantou. O mesmo Ele fará por todo aquele que pedir Sua ajuda. Não se deixe vencer por nada, clame pelo auxílio divino.

Jesus salvou Pedro, mas o exortou. Ninguém deve tirar os olhos do Mestre, pois, se o fizer, também naufragará. O Filho de Deus tinha um propósito em ordenar ao apóstolo que andasse sobre as águas, mas o medo de Pedro fez com que perdêssemos o grande ensinamento. Não seja usado para nos roubar aquilo que o Mestre deseja ministrar. Nós precisamos de todas as lições.

APÓS O SUCESSO, O RECEIO

E edificou cidades fortes em Judá, porque a terra estava quieta, e não havia guerra contra ele naqueles anos, porquanto o SENHOR lhe dera repouso. 2 Crônicas 14.6

É incrível como os cristãos não vigiam contra as ciladas do inimigo. Normalmente, a pessoa se achega ao Evangelho está cheia de problemas e, em alguns casos, completamente derrotada; porém, ao se converter, a vida dela é mudada. Com o passar dos dias, a prosperidade chega, e, se ela não vigiar e orar, cairá na tentação de achar que não precisa estar sempre na igreja, nem ler a Bíblia, tampouco orar como no início da caminhada com Cristo.

O diabo se preocupa muito com aquele que se torna uma ameaça para ele. No início do reinado, Asa se deixou usar pela fé, e, com isso, o seu reino foi abençoado. O povo de Judá chegou a ter dez anos de paz. O rei que provara da bondade de Deus ordenou que a mensagem do Altíssimo passasse por todo o país e fossem tirados os objetos de idolatria e feitiçaria. A verdade é que o avivamento sempre traz paz e prosperidade.

A fé nos faz amar a Deus em primeiro lugar e também o próximo como a nós mesmos. Ela faz com que nos interessemos pelo Reino dos Céus, e, por isso, como já sabemos, o diabo passa a nos atacar de modo diferente do que fazia antes. O esforço dele é tirar-nos da graça divina, levando-nos a nos tornar religiosos. As práticas religiosas, criadas pelo homem, são tão nocivas quanto os atos realizados na feitiçaria.

Enquanto andou guiado pelo Espírito de Deus, o rei Asa viu a prosperidade surgir em seu país e alcançar todo o povo. Eram dias maravilhosos, mas, mesmo vendo tudo aquilo, em vez de dar o louvor ao Senhor, decidiu fazer algo que, um dia, daria abertura para o mal. O diabo mudou os planos para tirar o povo da presença divina. Contudo, o rei não atinou para isso nem orou para que o Altíssimo lhe revelasse se o que sentia vinha dEle ou do diabo.

Quem anda na fé vê as batalhas enfraquecendo, pois o inimigo sabe que não pode fazer frente a quem é guiado pelo Deus dos Exércitos de Israel. Com o tempo, parece que o diabo não se importa mais conosco, mas isso é puro engano; Satanás nunca deixa de nos tentar. Na verdade, os planos é que mudam. O que vem de maneira sutil não é menos perigoso do que uma doença incurável ou outro ataque mortífero do Inferno.

Às vezes, o adversário usa o plano do orgulho, da prostituição, ou também, como estamos vendo neste estudo, o do receio; com isso, a alma do herói de Deus que não vigia passa a considerar perigosas muitas das suas investidas de fé. O maligno modifica os planos, mas não os seus maus propósitos. Por fim, quando menos se espera, deparamo-nos com uma agressão descomunal como a que Asa teve pelo etíope Zerá.

O etíope partiu contra Asa com 1 milhão de soldados e 300 carros. Eram quase dois soldados etíopes para um de Judá. Humanamente falando, não havia saída. Entretanto, o rei de Judá conhecia o Senhor e clamou por socorro, e aquele inimigo foi derrotado. Se você também se deixou levar pela vaidade, pelo receio ou por qualquer obra do Inferno, clame, pois Deus o ouvirá.