quinta-feira, 3 de abril de 2014

QUANDO O PERDÃO É VERDADEIRO


E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Marcos 11.25

Certamente, o Senhor cumpre Suas promessas, ainda que tudo ateste ser impossível. Desse modo, ao ser tentado a duvidar da fidelidade divina, repreenda isso no mesmo instante, pois o diabo está por trás de toda dúvida ou do seu receio. O inimigo sempre se esforça para que o crente saia da presença divina e caia em seus braços. Então, jamais aceite pensar que o Altíssimo é mentiroso como o homem. Ele é a Verdade (Jo 14.6).
Por maior que tenha sido sua dor ou a covardia que lhe fizeram, esteja pronto para perdoar. É lógico que o ofensor tem de estar disposto a confessar seu erro e pedir o perdão. No entanto, se ele não sente que o ato dele foi mau, ou acredita que você merecia tal desprezo ou traição, meras palavras de pedido de perdão nem devem ser consideradas. Quem ofende cai nas mãos do inimigo e só se libertará se, de fato, arrepender-se.
Se você foi vítima de alguma injúria, não se deixe levar pela tentação de fazer o ofensor sofrer pelo que lhe fez. Caso essa pessoa o procure e se abra verdadeiramente, o Espírito de Deus irá mostrar-lhe se ela está sendo verdadeira; então, aceite o pedido dela e conceda-lhe o perdão. Contudo, se você ficar na carne e quiser receber pelo prejuízo que sofreu, ao se vingar de seu ofensor, você não receberá a recompensa do Senhor no dia da redenção.
Não deixe nenhuma maldade habitar o seu coração, pois, se isso acontecer, inevitavelmente você cairá no laço do inimigo. Nada que seja pecaminoso deve ser tolerado por você, até mesmo a dor de ter sido vítima de uma traição. Se não perdoar, tendo visto que a pessoa se arrependeu e pediu o perdão, você abrirá a porta do coração para que os espíritos do erro entrem e lhe causem mais males do que fizeram com a atitude de quem o magoou.
Jesus foi claro ao afirmar que o ato de concedermos perdão a alguém faz com que o Senhor nos perdoe de igual modo (Mt 6.15). Mas, se negar perdoar a quem o ofendeu, por sua vez, o Pai não poderá redimi-lo, pois você não seguiu o mandamento divino. Pense bem: você nunca cometeu uma ofensa? Provavelmente, também tem muitos erros dos quais precisa arrepender-se; então, você é quem decide se será perdoado ou não.
O diabo deseja atingir o cristão de muitas maneiras e, para isso, tenta mostrar ao filho de Deus a vantagem de uma experiência extraconjugal, pré-nupcial etc., mas não consegue fazer isso, pois esse servo não dá atenção ao acusador. Por não obter êxito sozinho, o inimigo usa alguém para prejudicá-lo, por meio de injúrias, calúnias, difamações ou qualquer outro mal. Então, o filho de Deus chateia-se, o que é normal, e nega perdoar ao ofensor, e, com isso, o inimigo passa a ter ambos em suas mãos.
Nunca colabore com o maligno, pois, se o fizer, terá uma conta alta a pagar. O diabo sabe que quem lhe obedece se torna servo dele e, por isso, tudo fará para que o cristão se esqueça do que a Palavra de Deus diz e aja como um incrédulo. No entanto, quem serve ao Senhor jamais se afasta das orientações divinas e, desse modo, sempre está em comunhão com o Pai.

PERPÉTUO FUNDAMENTO


Como a tempestade, assim passa o ímpio, mas o justo tem perpétuo fundamento. Provérbios 10.25

A pessoa que se dá a impiedade é má consigo mesma, pois se afasta da Fonte de amor e se lança nas mãos do ser que é completamente mau e perverso (Jo 10.10). Não há como comparar o Senhor ao inimigo, pois Deus é totalmente bom (Sl 145.9). Jamais os que serviram ao Altíssimo foram abandonados nas suas lutas ou deixaram de ter o socorro divino (Sl 46.1). Ainda que tivéssemos de trabalhar a vida toda para pagar pela salvação, valeria a pena.
O ímpio é comparado a uma tempestade, fenômeno que nunca ajuda. O espírito que habita no seu coração é o da maldade e, por isso, tudo o que ele poderá lhe fazer será puro prejuízo. O maligno é quem governa o seu interior, e, por esse motivo, a sua obra sempre causará dano a alguém. Quanto mais tempo uma pessoa continuar debaixo da opressão do pecado, mais a sua natureza se tornará má, pois ela se alimenta da fonte errada.
O Senhor compara quem vive impiamente com a tormenta que traz todo o tipo de dano e ameaça. Ela não dura muito tempo, mas sempre deixa um rastro de destruição. Ainda que você se esforce para ser amigo de um ímpio, verá que a fúria dele não o poupará. É preciso ficar vigilante com essa pessoa, pois, quando tiver oportunidade, ela mostrará o que realmente tem dentro do coração (Sl 37.12).
A pessoa ímpia é frustrada em todos os sentidos, pois não tem a ajuda divina que poderia levá-la ao sucesso. Ora, como alguém pode fazer o bem se despreza Aquele que é o Autor de tal virtude? Ele vai de mal a pior e, para se explicar ou justificar, sempre tem argumentos que, aos seus olhos, são os responsáveis pela sua conduta. Quem poderá justificá-lo se ele escolheu o caminho oposto ao de Deus?
Já o justo, durante toda a vida, terá o Senhor como a sua base e, por essa razão, ainda que o Inferno se lance contra ele, com toda sua força, não obterá sucesso. Em suas lutas, ele terá o Altíssimo como seu Sustentador e não será abalado ou atingido, pois está firmado na Verdade (Sl 125.1). A recompensa do justo é a misericórdia divina que sempre o cerca e o protege de todas as setas disparadas pelo inimigo (Sl 23.6).
Ao justo não falta inspiração nem poder para realizar os seus sonhos, pois continuamente está envolvido por Quem é bom e completo; por isso, ele vê a saída para todos os seus problemas. O maligno anda ao nosso derredor, buscando uma brecha para nos atingir, e não consegue. No entanto, se nos desligarmos do Senhor, o adversário terá condições de atingir-nos (1 Pe 5.8); fora disso, seguiremos pela vida sem sermos tocados pelo mal (1 Jo 5.18).
A pergunta que não tem explicação é: por que alguém se deixa enganar pelo inimigo e se torna ímpio? Ora, sendo justo, ele tem perpétuo fundamento, não cai na conversa do diabo, não é atingido pelas suas maldades e sempre vence. Tome a decisão de ser um praticante da justiça divina e, assim, você jamais provará nenhuma das obras do maligno.