A BOA DECISÃO DE JOSAFÁ

Antes, buscou ao Deus de seu pai e andou nos seus mandamentos e não segundo as obras de Israel. 2 Crônicas 17.4

As decisões que Josafá tomou fizeram a sua trajetória ser linda. Quem fizer o mesmo verá que o Senhor será com ele como foi com os que O temeram no passado. Esse é o tipo de pessoa que o Altíssimo procura para abençoar. Não importa quem vive ao seu lado, faça a diferença. A sua obediência à Palavra de Deus é o que conta. Se alguém desprezar a Escritura Sagrada, sem dúvida virá a perecer.
Ao procurar servir a Deus como fizera Davi, seu quinto avô, e não procurar o misticismo, Josafá deu ao Senhor a oportunidade de operar em sua vida. Mesmo que você não tenha muito entendimento bíblico, proponha-se em seu coração a servir ao Pai segundo o que diz Sua Palavra, e Ele o ajudará a ser bem-sucedido. Quem busca as coisas místicas, ainda que esteja no Evangelho, não terá o auxílio do Altíssimo.
Josafá buscou o Deus que Davi encontrou ainda menino. Essa busca se dá pelo que está registrado nas Escrituras. Você pode fazer a mesma coisa; contudo, não é pelo Deus de Davi ou de Abraão que deve buscar, e sim o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Trata-se do mesmo Deus; porém, como Deus de Davi, Ele não pode operar de modo completo. Mas, como Deus e Pai de Jesus, a Sua operação é ilimitada.
O rei recém-empossado procurou andar nos mandamentos do Senhor. Quem fizer isso verá que foi a melhor decisão que poderia ter tomado. Aquele que cumpre as ordens divinas dá ao Pai as condições para operar nele. Como todas as promessas se cumprem em Jesus, quando cremos, o Senhor as realiza (2 Co 1.20). Os que procurarem andar nos divinos mandamentos saberão como proceder em tudo (1 Co 2.16).
As obras que o reino do Norte praticava atraíam a ira do Senhor. Aquelas tribos mantiveram o nome Israel, mas não respeitaram o Senhor, que os tirara do cativeiro, e, com isso, impediram que Ele as abençoasse. Há cristãos que não veem nada de mais em tomar bebidas alcoólicas ou assistir a “filmes adultos”, em forçar a verdade ou fazer outras coisas pecaminosas. Ora, essas práticas os impedem de ser bem-sucedidos.
O resultado da fidelidade de Josafá foi que o Altíssimo confirmou o reino em suas mãos. Nós fomos feitos reis e sacerdotes para Deus (Ap 1.6). Contudo, não basta ter o diploma; sem tomarmos posse, não poderemos usar a autoridade de soberano. Após a confirmação, vieram os presentes que fizeram Josafá ter riqueza e glória em abundância. Elas podem ser materiais, mas, em primeiro lugar, devem ser de ordem espiritual.

QUANDO DEUS SE AGRADA

E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio. Atos 11.15

Até esse evento, o Evangelho estava sendo pregado apenas aos judeus. Os discípulos não haviam prestado atenção ao mandamento que o Mestre lhes dera: de que fossem por todo o mundo e pregassem as Boas-Novas a toda criatura (Mc 16.15). O preconceito deles em relação aos gentios era tão grande, que o Senhor teve de lidar com Pedro em uma visão que se repetiu três vezes. Assim, o apóstolo foi à casa do gentio Cornélio (At 10).
Enquanto Pedro pregava a respeito de Jesus, Deus derramou o Espírito Santo, como havia feito em Jerusalém. Ao ver isso, Pedro concluiu que a salvação também era destinada aos gentios. Note que ele não pregava sobre o derramamento de poder – o batismo no Espírito Santo –, fato que nos ensina que Deus faz a obra como Lhe agrada. Como seria bom se isso acontecesse sempre em nossas reuniões, não é verdade?
Creio que podemos esperar algo semelhante. Esse fato deixa claro que o Senhor pode inverter a ordem dos passos da salvação, que são o arrependimento, o batismo nas águas e no Espírito Santo. Como soberano, o Altíssimo pode vir a batizar no Espírito antes do batismo nas águas. Mas, ao concluir que isso era de Deus, Pedro ordenou que todos fossem batizados nas águas. Ele deixou claro que temos de cumprir toda a justiça.
Quando o apóstolo falava da história mais linda – a vinda de Jesus –, o Senhor derramou Seu Espírito. Isso demonstra que Ele não precisa da nossa eloquência para cumprir Suas promessas, e sim de nossa submissão. A mesma experiência pode ser repetida em operações milagrosas, como a cura das mais diversas doenças. A mensagem tem de vir sempre do Altíssimo; sem Ele, não podemos fazer absolutamente nada.
Pedro e os que com ele tinham ido ficaram surpresos. A verdade é que tudo o que o Senhor faz nos surpreende, pois é maravilhoso aos nossos olhos. Precisamos dessas “surpresas” celestiais, em que o Onipotente cumpre Suas promessas. Nós O impedimos de operar quando damos a nossa mensagem, e não a dEle, a qual produz fé. Por isso, sempre que vamos falar do amor de Deus, devemos pedir a Sua ajuda.
Essa é mais uma lição que, se aprendida, fará de nós sábios e bons obreiros. Quando Deus faz a obra, Sua operação é além do que pedimos ou pensamos (Ef 3.20). A cooperação de Pedro com o Altíssimo se deu por falar a Palavra. Se fizermos o mesmo, operação idêntica à de Deus e outras de não menos importância serão realizadas em nosso meio. Se as nossas reuniões forem dirigidas pelo Senhor, sempre veremos maravilhas.