DOIS EXTREMOS: ABOMINAÇÃO E CONTENTAMENTO

O sacrifício dos ímpios é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento. Provérbios 15.8

O Senhor Deus nos avisa que pode reagir às nossas ações em Seu Reino de duas maneiras extremas. Ele pode ficar contente conosco ou sentir um desprezo enorme. O que leva o Pai a agir assim é o modo como lidamos com o que as Escrituras dizem. Se nossos atos forem de impiedade, nossas orações serão abomináveis aos Seus santos olhos. Porém, se formos santos em toda a nossa forma de ser, Ele irá contentar-Se conosco.
Ao desprezar a santidade, o cristão distancia-se do Senhor e passa a ser guiado pelo espírito que o conduzia no passado. Esse demônio traz outros sete companheiros seus para habitar na casa onde era sua morada (Mt 12.43-45). A partir de então, uma sucessão de coisas erradas passam a acontecer a este que já foi uma “estrela” nas mãos divinas, mas que, agora, é um tição apagado, um agente do mal. Misericórdia, Senhor! Que isso não ocorra com este meu leitor!
De servo de Deus ele continua em uma trajetória descendente em direção ao abismo, por ter preferido o caminho do erro e desprezado os conselhos de Deus, apesar de continuar na igreja e, em alguns casos, esforçar-se em oração para não cair. Nada consegue mudar seus atuais procedimentos. Essa pessoa está precisando de alguém que a ame e se envolva na oração de intercessão por ela. Que o Senhor a levante e a ajude!
Quando o ímpio se vê em aperto, ora, suplica e, aos olhos humanos, até se sobressai aos que são fiéis, pois é capaz de se esforçar tremendamente para que o Senhor lhe atenda. No entanto, como Deus vê o coração (1 Sm 16.7) e avalia os motivos do clamor, não lhe dá ouvidos. Dentro dele, há algo que não o deixa desistir de orar. Por outro lado, sua mente fraca não vê nada demais em sua maneira errada de proceder; por isso, ele acha que, caso se sacrifique, será ouvido pelo Altíssimo.
Entretanto, o Senhor avisa que tal sacrifício é abominável – algo asqueroso – para Ele. Para que o Todo-Poderoso aceite nossa oração, ela tem de ser inspirada pelo Espírito Santo. Em João 5, versículos 34 e 41, Jesus declarou que não recebe testemunho nem glória que venham do homem. Até a nossa adoração tem de vir do Senhor, ou não será aceita (1 Cr 29.14). É preciso estar em plena comunhão com o Pai, a fim de que a sua oração seja agradável a Ele.
Quando os retos oram, executam a justiça divina, a qual é o propósito da oração. Orar com outras intenções é brincar com esse instituto abençoado e produtivo. Clamamos para mudar situações em nós, no próximo e na natureza. Ao interceder de modo correto – assim como Jesus fazia em Seu ministério terreno –, o filho de Deus se assume como tal e leva o Pai a operar Sua vontade no meio dele.
Faça o Senhor alegrar-Se com suas ações; desse modo, nada lhe será negado. Verifique seus objetivos na vida, pois, se você não honra a divina Palavra, se não tem como meta a expansão do Reino de Deus entre nós, seus motivos são carnais. Ora, Deus não honrará aquilo que irá colaborar com a obra do inimigo na Terra ou fortalecê-la.

JAMAIS VACILAR

Eu dizia na minha prosperidade: Não vacilarei jamais. Salmo 30.6

Antes da queda, o espírito humano se envaidece e não vê que está chegando mais perto do buraco. O diabo sabe levar a pessoa para onde quer, pois jamais aparece como ela é. Para ganhá-la, o maligno é capaz de fazer todo o esforço necessário para que ela saia da presença de Deus. Quem está bem com o Senhor é uma ameaça constante para o inimigo, e, por isso, ele coloca todo o seu exército de enganadores em ação.
O mesmo acontece com a área da saúde. Muitas pessoas afirmam que nunca ficam doentes, mas não se lembram de dar o louvor ao Senhor. Há quem ache que muita gente fica enferma por ser má. Agora, não resta dúvida de que os perversos envenenam o corpo com suas atitudes; porém, nem sempre isso ocorre com os demais afligidos por problemas na saúde.
Veja a insensatez de muitos: quando tudo vai bem na família e há prosperidade, saúde, paz e harmonia, fazem festa para comemorar o aniversário de um dos pais, por exemplo. Os familiares se confraternizam alegremente e o elogiam, dizendo que ele é demais por estar tão bem de saúde; ele, então, aceita e agradece. No entanto, o Senhor, que realmente lhe deu essa bênção, sequer é lembrado. O diabo, então, aproveita essa maldade e toca naquela pessoa.
Não é bom esquecer-se de Quem realmente nos concede boa saúde, tempos frutíferos e nos impede de obedecer às tentações. Dar o louvor a Deus pelo bem que desfrutamos é o mínimo que podemos fazer. No entanto, quando não agimos assim, ficamos “no vermelho”, e, por causa dessa nossa falta de sensibilidade, o poder divino não pode impedir o inimigo de nos atacar e nos fazer mal. A Bíblia nos ensina a dar graças em tudo, pois essa é a vontade de Deus (1 Ts 5.18).
Não é bom afirmar que, como o Senhor não lhe tem abençoado, você não tem nada do que falar. Ora, a Escritura Sagrada ensina que tudo de bom que você tem veio de Deus (Tg 1.17). Jamais permita que a sua confissão contradiga o Pai celeste. Ao mesmo tempo, nunca se gabe de qualquer coisa que possua. Ofereça, sim, o louvor ao Altíssimo, pois, se não o fizer, você poderá ser tocado pelo anjo do Senhor e morrer cheio de vermes, como aconteceu com o rei Herodes.
A verdade é que só não vacila aquele que está firmado na Rocha. As Escrituras ensinam que a morte e a vida estão no poder da língua (Pv 18.21). Quem sabe se domar e não diz nada que contrarie a orientação bíblica torna-se sábio e, com isso, obtém o favor divino. Os que falam do que não entendem, sem dúvida, tropeçam em muitas coisas e se tornam transgressores da Palavra. Portanto, jamais diga aquilo que o Senhor não aprova.
Não há nada de mal na prosperidade, desde que ela venha como dom de Deus. Não pode haver mistura entre o que o Altíssimo faz e aquilo que o demônio diz. Em todos os momentos, reconheça que qualquer dom perfeito só pode vir do Senhor. Fique firme no que a Bíblia declara e não se deixe levar pelas mentiras do diabo. Se as suas posses aumentarem, não coloque nelas o seu coração. O Pai celeste é o único digno de receber o louvor por todo o bem.
Em Cristo, com amor,