O MELHOR ESCRITO

No SENHOR, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. 2 Reis 18.5

Há um costume de escrever na lápide do túmulo de algumas pessoas algo que possa explicar o tipo de vida que elas tiveram. De Ezequias, rei de Judá, foi dito que, nem antes nem depois dele, houve semelhante entre todos os reis de Judá. Se todos os servos de Deus se esforçassem para terem escrito “semelhante” a seu respeito, o mundo viveria melhor, e a obra de Deus prosperaria muito.
Não dá para entender como alguém que tenha conhecido o amor de Deus não passe a confiar nEle de todo o coração. Quem o faz prova que é muito recompensador e gratificante crer no Senhor que cura, liberta e protege. Por que deixar, então, de pôr sua confiança no Altíssimo, ficando, assim, exposto às investidas do inimigo (Sl 97.10)? Os reis que foram antes de Ezequias não experimentaram o quanto Deus os podia ter amado.
Da mesma forma, o cristão carnal, o incrédulo e o displicente não conseguem ter mais de Deus. Alguns, ao verem os fiéis e justos prosperarem, perguntam-se por que o Pai celeste não os ajuda como faz com os servos verdadeiros. O certo é que somos amados na mesma proporção que amamos o Senhor. Quem quer ter dias melhores, ser protegido do mal e viver na atmosfera milagrosa do Senhor deve amá-Lo com todo o coração.
O perverso Senaqueribe, rei da Assíria, investiu contra o reino de Judá. Ele julgou que o culto ali praticado ao Senhor fosse como os outros que se ofereciam nas mais diversas nações aos seus falsos deuses, obra de invenção humana. Mas, em Judá, ele encontrou um rei que servia, de fato, ao verdadeiro Deus e um profeta que conhecia o Senhor. Em uma só noite, Senaqueribe perdeu 185 mil soldados, mortos por um anjo de Deus.
No jardim do Getsêmani, o Senhor Jesus disse que, se quisesse, oraria ao Pai e seriam enviados a Ele 12 legiões de anjos (Mt 26.53). Os servos de Deus, em momento de aperto ou necessidade, podem orar, e o Altíssimo enviará quantos anjos forem necessários para ajudá-los. Um só anjo liquidou com o exército do rei da Assíria. O que esse episódio nos ensina é que basta o Senhor enviar um só dos Seus anjos, e a obra será feita por completo.
Eles poderiam ter contado isso ou outros feitos acerca de Ezequias, mas a lição mais importante era que esse monarca confiara no Todo-Poderoso de tal modo que não houve paralelo em todo o tempo em que Judá foi uma nação. Que de você se fale coisa parecida, pois isso será como um diploma de servo que soube ouvir o Pai e servir a Ele. Mesmo o prezado leitor não tendo um filho que tenha dado alegrias ao Altíssimo, que tal começar hoje?

QUANDO VOCÊ SE SENTE UM NADA

Vivifica-me, ó SENHOR, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma da angústia. Salmo 143.11

Quando alguém sente que não tem mais forças para resistir, ele não está exagerando. A falta de comunhão com o Senhor faz o espírito do homem se enfraquecer, do mesmo modo que o corpo se debilita quando não é alimentado corretamente. A comunhão se dá pela revelação da Palavra. Os religiosos, apesar de se esforçarem para cumprir regulamentos da sua igreja, não conseguem ouvir nem falar com Deus.
O grupo com mais pessoas sem vida é composto pelos religiosos. Eles vivem recitando rezas escritas por pessoas que não tinham o Espírito de Deus, pois, se O tivessem, teriam dado ouvidos ao que a Escritura fala. A Bíblia declara que à pessoa que acrescentar qualquer coisa à revelação serão acrescentadas todas as pragas escritas no Livro de Deus, e, se tirar algo, sua parte na salvação também lhe será tirada (Ap 22.18,19).
Quem se sente sem vida, sem energia, deve buscar do Senhor a vivificação da sua alma, sem a qual ele não terá a menor condição de vencer as tentações que surgirem. Até mesmo dentro de nossas igrejas, e com pessoas que pregam a Palavra, esse desânimo pode acontecer. Os que deixam a Palavra e se enveredam pelo caminho do erro, em pouco tempo, serão tão fracos como se nunca tivessem tido a presença divina com eles.
O pedido de ser vivificado não deve ser feito com base em algum merecimento que a pessoa julga ter, mas pelo amor que o Criador tem pelo Seu Nome. Este é o pedido mais forte que pode ser feito e, sem dúvida, será aceito pelo Pai. No entanto, é preciso que o pedinte o faça de coração, sem nenhum fingimento. Ao rogar por amor do Nome do Senhor, você atende a um conselho que o Espírito de Deus dá neste salmo, e o seu clamor será prontamente atendido.
O salmista também pediu, por amor à justiça de Deus, que a sua alma fosse tirada da angústia. Quando escreveu isso, a justiça do Senhor ainda não havia sido executada. A súplica do salmista foi feita para que ele olhasse para frente e tivesse forças. Hoje, como Jesus foi à cruz do Calvário, pagou o preço pela nossa redenção, e a justiça divina foi suprida por completo, o que for pedido nesta base será atendido.
Não deixe sua alma na angústia; Jesus prometeu que nos visitaria, e o nosso coração se alegraria (Jo 16.22). Quando isso ocorrer com você, no mesmo instante, verá que a tristeza dará lugar à alegria e, com isso, bastará crer para tudo o que pedir em Nome de Jesus ser feito. Em seus dias, Davi experimentou a veracidade da promessa divina. Da mesma forma que o salmista fez, você também deve pedir, crer e experimentar o melhor de Deus.

O PLANO DOS PERVERSOS

Eles somente consultam como o hão de derribar da sua excelência; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas, no seu interior, maldizem. Salmo 62.4

O sucesso que o justo consegue na sua fé em Cristo faz os perversos arderem em ira. Entre eles, há como um acordo para derrubar o servo de Deus da sua posição. Com isso, eles consultam um ao outro para saber como isso se dará. Assim, com prazer, falam mentiras, com a boca bendizem, congratulam-se, e, no coração deles, há maldições que eles não cansam de jogar sobre o justo; sem dúvida, o plano que elaboram vem de Satanás.
O segredo é confiar somente em Deus e treinar a alma para esperar silenciosamente pelas ações divinas; com isso, o justo verá a salvação do Senhor. No entanto, se ele se desespera ou fica indignado com o que lhe acontece e parte para o ataque, usando as armas do homem natural, até pode obter vitórias, mas, no fim, constata que não era esse o plano divino. Creia: esperar no Senhor, sem se impacientar e sem abrir a boca, irá levá-lo à vitória verdadeira.
Temos o exemplo do rei Asa que, ao ser atacado pelo rei de Israel, buscou ajuda no rei da Síria, o qual se havia confederado com Israel e, aparentemente, obteve sucesso. Então, Baasa, ao ver que os sírios haviam-lhe abandonado e aceitado os presentes de Asa, retirou-se das cidades que tinha tomado de Judá. Com o material que Baasa deixou, Asa edificou duas cidades, mas o plano divino era para que o exército da Síria caísse em suas mãos.
Não importa se os perversos conjecturam como derribarão o justo; eles não conseguirão. O justo tem Deus do seu lado e, com isso, quando a unção vier sobre ele, o poder dos maus cairá por terra. Porém, se temer e buscar ajuda em quem o Altíssimo não levantou para socorrer Seu povo, ou agir igual aos perdidos, ele ofenderá o Todo-Poderoso. A única maneira de o povo de Deus vencer é buscar e seguir a direção divina.
Ora, o justo tem o Altíssimo como sua Rocha. Uma vez firmado em Deus, ele não será sacudido pelo vendaval do inimigo. O Senhor é a salvação do justo, por isso não há a menor hipótese de o filho de Deus perder alguma batalha. O segredo é confiar no que o Criador disse e usar a fé que lhe foi dada para enfrentar as ciladas do maligno e vencê-las. O justo sempre há de trazer louvores ao Senhor.
Se o que tratamos aqui é o que tem ocorrido em sua vida, não tema. O Altíssimo, que já lhe falou inúmeras vezes, vê tudo e, no momento certo, fará com que os perversos caiam. A vitória será daquele que confia no que o Altíssimo tem dito; com isso, ele não será atingido (Sl 91.7). Por que se abalar, se o Todo-Poderoso tem prometido ser seu ajudador. Siga o que sua fé em Jesus lhe diz, pois ela lhe foi dada para fazer de você um vencedor.

QUE SEJA A SUA ORAÇÃO!

Lembra-te, SENHOR, de Davi e de todas as suas aflições. Salmo 132.1

Há quem só pense em si, mas no sentido de ter bens materiais, ser curado e viver em prosperidade. Essas coisas são boas, mas elas são concedidas como extensão do Reino de Deus e da Sua justiça, que devem ser buscados em primeiro lugar (Lc 12.31). O homem tem muito mais necessidade do que imagina e, quando sua parte espiritual é completada, as outras também o são.
Davi aprendeu que devia pedir ao Senhor que Se recordasse dele. Esse tipo de oração deve ser feito por todos aqueles que dão a Deus a primazia, a fim de que recebam do poder celestial toda a atenção. Quando o Altíssimo estivesse chamando alguém para uma obra especial, Ele iria lembrar-Se de que tal pessoa quer ser usada. Entenda que o Pai deseja que você se apresente como obreiro.
Se Deus estivesse escolhendo alguém da sua congregação para fazer dele um empresário de sucesso, Ele poderia escolhê-lo para tal? Você estaria pronto para ser usado? Se estivesse escolhendo alguém para financiar a construção de um templo em certa cidade, Ele poderia pensar em você? Davi queria que o Senhor sempre Se lembrasse dele. O mesmo ocorre em relação a você? Deseja ser lembrado pelo Pai celeste?
Para Davi, qualquer mandamento divino deveria ser obedecido. Tudo o que o Todo-Poderoso falava, ele considerava um mandamento, uma ordem da qual não poderia eximir-se. Se houver o mesmo sentimento em você, esteja certo de que o Altíssimo o terá em Sua memória. Agora, quem não for fiel no pouco não lhe será confiado o muito (Lc 16.10). Cumpra o que Deus já lhe deu para realizar.
Quando você vê uma pessoa vendendo o corpo na prostituição, tendo o corpo mutilado a fim de tornar-se o oposto da natureza que teve ao nascer, ou perdendo-se nas drogas, o que o seu coração sente? Quando uma pessoa fraca se insinua para ter um caso extraconjugal com você, qual é a sua reação? Você tem se importado com o destino eterno dos pecadores, ou acha que eles merecem mesmo perecer no Inferno?
Se a obra de Deus não lhe aflige a alma; se o destino dos perdidos, até mesmo dos membros da sua família não lhe importa; como o Senhor Se lembrará de você ao almejar realizar algo a mais pela humanidade. O Pai não tem escolhido algumas pessoas para que elas sejam como uma ilha de prosperidade e felicidade; na verdade, Ele está em busca de servos que desejem ser instrumentos em Suas mãos para cumprir os Seus propósitos.
Deus quer lembrar-Se, a seu favor, de todas as suas provações; por isso, Ele convida-o a entrar pela porta estreita e passar pelo caminho apertado (Mt 7.13). Dessa maneira, você poderá ser escolhido por Ele, a fim de fazer algo que lhe renderá um lucro por toda a eternidade - a salvação.

A CEGUEIRA DO PECADO

E os correios foram passando de cidade em cidade, pela terra de Efraim e Manassés até Zebulom; porém riram-se e zombaram deles. 2 Crônicas 30.10

A pior coisa que pode acontecer a alguém que conhece o Senhor é perder o amor por Ele. Aquele a quem isso sucede embrenha-se cada vez mais no reino das trevas, e, a partir desse erro, os sofrimentos passam a ser uma constante em sua vida. Há quem já esteja tão tomado pelo maligno que não sente mais desejo de voltar para o Pai, apesar de estar provando o quanto o diabo é mau. O que está afastado do Altíssimo não percebe que é o responsável pela própria penúria.
Pelo fato de se distanciar do Senhor, a visão espiritual dessa pessoa acaba e, se não houver arrependimento, o fim dela será terrível. Quando o rei Jeroboão dividiu o reino de Israel, levando dez tribos a formarem o reino do Norte, que ficou com o nome de Israel (1 Rs 11), ele era a esperança de milhares que não suportavam o fardo pesado do rei Roboão. Mas o que se viu a seguir foi o pior que lhes poderia ter acontecido – eles se deram à feitiçaria.
Já com o reino de Judá sucedeu o contrário. Apesar de ter havido uns reis imprudentes em Judá, a maioria foi temente a Deus. Ezequias, por exemplo, filho de Acaz, que foi perverso nos dias do reinado de seu pai, viu o reino do Norte ser invadido pelos assírios e os cabeças do povo serem levados em cativeiro, de onde nunca mais voltaram. Ao assumir o reinado de Judá, logo tratou de trazer seu povo ao Senhor (2 Cr 29.1-11).
Com isso, o reino de Ezequias - o qual contava com a ajuda de Isaías, um profeta muito usado pelo Senhor - foi estabelecido. Alguns anos mais tarde, quando Senaqueribe quis invadir seu território, Ezequias provou ser homem de Deus, resistindo à invasão do inimigo. O resultado da ousadia do rei assírio foi desastroso para este intruso, pois voltou à sua terra depois de ter visto um anjo de Deus matar 185 mil dos seus soldados em uma noite (2 Rs 19.35).
Em seus dias de apogeu, o rei Ezequias foi mais prudente do que seus antecessores, pois buscou o Altíssimo. Com tudo dando certo, ele decidiu comemorar a Páscoa em Jerusalém e sentiu que deveria convidar de Israel as pessoas que não haviam sido levadas cativas pelos assírios. Assim, o rei mandou que os correios fossem de cidade em cidade chamá-las para se juntarem a ele nessa comemoração. Já não havia temor de Deus em muitos deles, pois riram e zombaram daqueles que lhes davam o convite (2 Cr 30).
Hoje, muitos “doutores e sábios” da nossa geração têm esse mesmo desprezo ao ouvirem a respeito da salvação em Jesus. Diante disso, por acharem que não precisam do Todo-Poderoso, sofrerão amargamente no lago de fogo ardente por toda a eternidade. No entanto, mesmo sabendo disso, não deixe de falar do amor de Deus, pois alguns darão ouvidos a essa mensagem.