CONTINUAR ATÉ O FIM

Todavia, o povo da terra debilitava as mãos do povo de Judá e inquietava-os no edificar.   

                                                                                                                                             Esdras 4.4

Quando os judeus voltaram do cativeiro e se puseram a edificar Jerusalém, o povo que lá habitava antes foi usado pelo diabo para enfraquecer a iniciativa de reconstruir a Cidade Santa. Isso serve de lembrete para nós, pois o inimigo não muda seus planos a nosso respeito; ele investe todas as suas forças contra a nossa vida, pois sabe que alguns se deixarão levar por suas mentiras e seus enganos.

No caso do povo de Judá, a estratégia estava funcionando, e os adversários conseguiam debilitar as mãos dos edificadores. É preciso observar se o mesmo não acontece com você. Será que o seu amor pelo Senhor, hoje, é o mesmo de quando se converteu? Você continua orando com a mesma intensidade e determinação? Ou tem-se esquecido de que Satanás sempre quer tirá-lo do plano divino? Fique firme no que você sabe ser a vontade de Deus.

Outro ponto a ser notado é que os hebreus ficaram inquietos. Ora, Jesus disse que nos deu a Sua paz (Jo 14.27), e ninguém pode tirá-la de nós. Então, nem preste atenção ao que as vozes contrárias falam, pois, por trás delas, está o inimigo, que insiste em nos atacar. Quem não se desviar da esperança que há no Evangelho não será perturbado por espírito algum, porque os que confiam no Senhor sempre serão bem-sucedidos (Sl 125.1; Jr 17.7).

A Palavra declara que os adversários do povo contrataram conselheiros contra eles, pois queriam, apressadamente, frustrar o que intentavam. O mesmo ocorre com todos os que servem ao Pai celestial nos dias de hoje. Contudo, infelizmente, o Inferno tem obtido sucesso; afinal, muitos sonhos acabaram e várias obras ficaram paradas, deteriorando-se com o tempo. Nada disso aconteceu por acaso, mas segundo as estratégias de Satanás.

Além disso, os provocadores eram teimosos no seu propósito e, por anos, não desistiram. Na verdade, por trás deles estava toda a capacidade do maligno, que tudo fazia para que a promessa do Senhor não se cumprisse. Logo, todos os salvos devem ficar atentos em relação às artimanhas do diabo, que tudo fará para alguns se desviarem e caírem na armadilha de revidar as agressões que eles sofreram.

O Inferno tem “contratado” os melhores mestres em desanimar os que têm um bom propósito na vida. Portanto, não se deixe influenciar por falatório algum, mas fique firme na voz do Senhor, que o chamou para ser uma grande bênção. Temos uma ordem divina: continuar até o fim. Quem assim proceder receberá a coroa da vida (Ap 2.10).

O REI QUE NÃO APRENDEU A LIÇÃO

Mas o anjo do SENHOR disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria e dize-lhes: Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? 

                                                                                                                                                 2 Reis 1.3

O fim que os rebeldes Acabe e Jezabel tiveram não serviu de lição para seu filho Acazias, que, não se impressionando com o exemplo de rebeldia de seus pais, deu continuidade aos mesmos pecados cometidos por eles. Hoje, muitos têm vivido experiência, parecida, pois, mesmo vendo o inimigo destruir alguns familiares, não buscam o Senhor. Sem dúvida, há uma autoridade do Inferno dominando famílias inteiras, e é preciso ter a unção divina para que se quebre essa operação maligna.

Acazias poderia ter tido um futuro brilhante, pois, em seus dias, ainda habitava em Israel o profeta Elias. Por certo, ele soube do que Elias fizera com seu país, quando fechou os céus para que não chovesse e, por mais de três anos, não caiu um pingo de água (1 Rs 17.1-7). Também estava ciente do destino que tiveram os profetas de Baal e os do poste-ídolo (1 Rs 18.20-40). Contudo, quem é dominado pelas forças das trevas não consegue enxergar a luz, pois somente com a libertação de Deus o homem desperta.

O rei Acazias caiu das grades de um quarto alto e adoeceu. Porém, em vez de buscar a ajuda do verdadeiro Deus, preferiu clamar a um falso deus, chamado Baal-Zebube, deus de Ecrom (2 Rs 1.2). Com essa decisão, era como se declarasse que não queria nada com o Senhor, o Todo-Poderoso. O mal enfeitiça e, embora o rei soubesse que ninguém havia sido ajudado por esse falso deus, não conseguiu enxergar que apenas o Altíssimo tem poder para abençoar.

Deus teve misericórdia de Acazias ao mandar Elias encontrar os servos do rei que iam em direção ao demônio para perguntar se aquele governante seria curado ou não. Quando esses mensageiros deram a notícia ao seu senhor, este poderia ter pedido ao profeta de Deus que orasse por ele, mas continuou no caminho do erro. Na verdade, Acazias enviou mensageiros para buscar Elias, mas não era boa sua intenção; por isso, eles pereceram sob o fogo que caiu dos Céus.

A sentença veio a seguir: o rei morreria daquele mal. Como o pecador é cego! Em nossos dias, também testemunhamos muitas pessoas procurando ajuda dos demônios. Porém, embora saibam que não conseguirão êxito algum, não acordam e continuam na provocação.

Por que abandonar o Deus único e verdadeiro – que é amor – e, por isso, deseja libertar-nos de todo engano e sofrimento? Lembre-se de que os que confiarem no Senhor, que não se deixam levar pelas mentiras do diabo, serão sempre bem-sucedidos (Sl 128.1).