quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

VALORES TROCADOS = ABOMINAÇÃO


O que justifica o ímpio e o que condena o justo abomináveis são para o SENHOR, tanto um como o outro. Provérbios 17.15

O ímpio é aquele que abandona o bom Caminho e, mesmo sentindo o toque divino de que está distanciando-se de Deus, não volta atrás. Ele se torna réprobo, insolente, e até a sua oração deixa de ser ouvida. Na sua concepção, não há nada de errado com ele; por isso, diz que não entende por que o Pai não lhe atende. Na maioria das vezes, ele condena os que se dão ao Senhor sem reservas, taxando-os de gente sem juízo.
Já o justo cumpre seu dever de filho de Deus, praticando a justiça divina sempre e não se apartando das Escrituras. Para ele, as portas dos Céus estão sempre abertas, e seu modo de vida demonstra que realmente serve ao Senhor. Ele não se mistura com os escarnecedores, mas se junta aos que, de fato, servem ao Altíssimo (Sl 1). A pessoa que pratica a Palavra de Deus sempre é bem recebida e respeitada.
Existem muitas pessoas que agem como loucas. Elas não podem ver uma confusão, que logo entram na briga sem saber os motivos. Se fizessem isso para acabar com o conflito, justificariam sua loucura, mas entram para brigar, como se fossem superiores aos demais, ou inatingíveis por qualquer arma ou objeto. O livro de Provérbios declara que elas são como o cidadão que pega um cachorro pelas orelhas; provavelmente, ele será mordido pelo animal (Pv 26.17).
O ato de maior estupidez que alguém pode praticar é justificar o ímpio. Por fazer isso, essa pessoa coloca-se contra as declarações de Deus. É como se decidisse desafiar e enfrentar o Todo-Poderoso. O próprio ímpio sabe que está em “maus lençóis”, que sua atitude o leva a ficar sob o poder do maligno, e, por isso, o sofrimento será sua saga por toda a eternidade. Agora, ter coragem de justificar quem erra conscientemente é demais.
Para aumentar sua insensatez, a pessoa chega ao absurdo de condenar o justo. Ora, quem o justifica é o Senhor. Agora, quem se atreve a condenar aquele que foi justificado pela própria Verdade espera o quê? Sem dúvida, a repulsa completa do Criador. O interessante é que os que agem dessa maneira louca não têm nada a ver com o procedimento do justo nem do ímpio, mas se intrometem nesse assunto por serem completamente estúpidos.
Tanto o ímpio como seu justificador são abomináveis ao Altíssimo. Ambos poderiam ser filhos amados, mas, por uma bobagem, tornam-se asquerosos aos olhos do Deus santo e poderoso. Sem dúvida, eles não terão outro destino a não ser o lago de fogo e enxofre, onde serão atormentados para sempre, pelos séculos dos séculos (Ap 21.8). Então, por que tomar tal decisão se Deus é Amigo e Pai? Por que não se emendar e passar para o lado vencedor?
A vantagem de ser justo é completa. Primeiro, porque não verá a morte (Ap 20.6). Segundo, porque habitará ao lado de Jesus pela eternidade (Ap 21.3). Os que tiverem uma vida reta conhecerão o Senhor, assim como dEle são conhecidos (Jo 10.14). Além disso, não só serão livres dos ataques do inimigo, como também desfrutarão de tantas coisas maravilhosas que, de antemão, foram-lhe preparadas pelo amado Pai (1 Co 2.9).

DOIS EXTREMOS: ABOMINAÇÃO E CONTENTAMENTO


O sacrifício dos ímpios é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento. Provérbios 15.8

O Senhor Deus nos avisa que pode reagir às nossas ações em Seu Reino de duas maneiras extremas. Ele pode ficar contente conosco ou sentir um desprezo enorme. O que leva o Pai a agir assim é o modo como lidamos com o que as Escrituras dizem. Se nossos atos forem de impiedade, nossas orações serão abomináveis aos Seus santos olhos. Porém, se formos santos em toda a nossa forma de ser, Ele irá contentar-Se conosco.
Ao desprezar a santidade, o cristão distancia-se do Senhor e passa a ser guiado pelo espírito que o conduzia no passado. Esse demônio traz outros sete companheiros seus para habitar na casa onde era sua morada (Mt 12.43-45). A partir de então, uma sucessão de coisas erradas passam a acontecer a este que já foi uma “estrela” nas mãos divinas, mas que, agora, é um tição apagado, um agente do mal. Misericórdia, Senhor! Que isso não ocorra com este meu leitor!
De servo de Deus ele continua em uma trajetória descendente em direção ao abismo, por ter preferido o caminho do erro e desprezado os conselhos de Deus, apesar de continuar na igreja e, em alguns casos, esforçar-se em oração para não cair. Nada consegue mudar seus atuais procedimentos. Essa pessoa está precisando de alguém que a ame e se envolva na oração de intercessão por ela. Que o Senhor a levante e a ajude!
Quando o ímpio se vê em aperto, ora, suplica e, aos olhos humanos, até se sobressai aos que são fiéis, pois é capaz de se esforçar tremendamente para que o Senhor lhe atenda. No entanto, como Deus vê o coração (1 Sm 16.7) e avalia os motivos do clamor, não lhe dá ouvidos. Dentro dele, há algo que não o deixa desistir de orar. Por outro lado, sua mente fraca não vê nada demais em sua maneira errada de proceder; por isso, ele acha que, caso se sacrifique, será ouvido pelo Altíssimo.
Entretanto, o Senhor avisa que tal sacrifício é abominável – algo asqueroso – para Ele. Para que o Todo-Poderoso aceite nossa oração, ela tem de ser inspirada pelo Espírito Santo. Em João 5, versículos 34 e 41, Jesus declarou que não recebe testemunho nem glória que venham do homem. Até a nossa adoração tem de vir do Senhor, ou não será aceita (1 Cr 29.14). É preciso estar em plena comunhão com o Pai, a fim de que a sua oração seja agradável a Ele.
Quando os retos oram, executam a justiça divina, a qual é o propósito da oração. Orar com outras intenções é brincar com esse instituto abençoado e produtivo. Clamamos para mudar situações em nós, no próximo e na natureza. Ao interceder de modo correto – assim como Jesus fazia em Seu ministério terreno –, o filho de Deus se assume como tal e leva o Pai a operar Sua vontade no meio dele.
Faça o Senhor alegrar-Se com suas ações; desse modo, nada lhe será negado. Verifique seus objetivos na vida, pois, se você não honra a divina Palavra, se não tem como meta a expansão do Reino de Deus entre nós, seus motivos são carnais. Ora, Deus não honrará aquilo que irá colaborar com a obra do inimigo na Terra ou fortalecê-la.