terça-feira, 4 de setembro de 2012

O LIMITE DA IRA

E Moisés, ouvindo isto, Arão foi aceito aos seus olhos. 
                                                                                                     Levítico 10.20

O coração do homem que teme ao Senhor, por mais santo que seja, fica irado com o que é errado. Entretanto, ao mesmo tempo em que a revolta preenche o nosso interior, precisamos lembrar-nos de que, muitas vezes, também fazemos o que não agrada a outras pessoas (Mt 7.3-5; Lc 6.41,42). Observando o que declara a Santa Palavra, podemos ajudar quem desliza na fé a se recuperar. O que não devemos é deixar o inimigo nos tornar agentes de sua vontade, já que somos autorizados a cumprir somente os planos divinos.
Sabemos que não há ninguém perfeito, mas todos devem buscar a perfeição (Mt 5.48). Por isso, precisamos ser zelosos com os assuntos divinos; de outro modo, seremos responsáveis pelos escândalos que certamente virão (Mt 18.7). Além disso, não podemos ser a causa do tropeço de nenhum débil na fé. Portanto, ao flagrar alguém em determinado erro, vigie para não exceder na ira e não ser achado culpado pelo que poderá suceder ao transgressor (Ef 4.26).
A santidade é uma virtude que todos devem buscar, e, para consegui-la, temos de nos esforçar e nunca utilizar a porta larga (Mt 7.13). Assim, tendo em mente que só devemos entrar e sair pela porta estreita – a divina Palavra –, antes de emitir qualquer julgamento, comprove se as coisas são como parecem. Nunca é bom tomar uma decisão sem refletir no que Deus diz sobre o assunto, pois quem fala de acordo com os oráculos divinos jamais irá equivocar-se.
Ora, em casos de difícil resolução, é preciso ouvir com atenção todas as explicações, porque, nem sempre, a verdade é o que parece ser. Também devemos ter cuidado para não sermos intransigentes com as pessoas, irando-nos a ponto de agir como um juiz. Lembre-se de que, se algum mal ocorresse conosco, certamente, gostaríamos que nos tratassem com brandura ao sermos repreendidos.
Na verdade, os únicos capazes de decidir um caso com justiça são os que conferem com a Palavra de Deus aquilo que ouvem; porém, todo cuidado é pouco. Para saber se as justificativas de um erro são plausíveis, verifique se elas satisfazem o coração magoado. Então, se sentir que a verdade ainda não foi totalmente dita, não se precipite em dizer que a pessoa obteve perdão. Isso porque ela pode convencer-se de que foi fácil ser perdoada, continuando na mentira, que irá levá-la à perdição. 
Os que mentem mostram que não estão arrependidos e que podem ter sentido apenas um grande remorso. No entanto, os que erram e realmente se arrependem são perdoados e jamais se esquecem do favor concedido. Além disso, quando alguém deseja o perdão, confessa tudo, independentemente do preço a ser pago, pois o que mais deseja é se livrar do erro. Não se esqueça de que, no Dia do Juízo, todo erro será revelado, mas não haverá mais perdão (2 Pe 2.1-4). Portanto, arrependa-se agora e livre-se da ira que, porventura, habita em você.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

GRANDE RESPONSABILIDADE


E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada qual maioral entre eles. 
                                                                                                                                  Números 13.1,2

Os 12 homens enviados à Terra Prometida como espias tinham uma grande responsabilidade, pois a felicidade deles e do povo dependia do que relatariam na volta. Deus esperava que eles olhassem a Terra segundo o Seu Espírito, já que, assim, voltariam com boas notícias, as quais intensificariam a fé do povo. Isso é o que devemos fazer em tudo o que o Senhor nos dirigir, procurando sempre o apoio e a ajuda dEle para cumprir o que nos for ordenado.

Toda missão que o Altíssimo nos dá é de grande responsabilidade. Logo, quem não a cumprir com a ajuda dEle fracassará, causando grande prejuízo a si mesmo e a quem lhe der ouvidos. Ora, o diabo não quer que o servo de Deus seja vitorioso na obra que lhe foi dada. Ao contrário, para ele, quanto mais você se amedrontar, melhor será, pois isso fará com que os planos divinos em relação à sua vida sejam impedidos.

Os espias estavam preparados para servir ao Todo-Poderoso, mas se deixaram convencer por Satanás. Então, cuidado, pois o inimigo ronda todo aquele que Deus levantou para realizar algo na Sua obra (1 Pe 5.8). Apesar de sermos chamados pelo Altíssimo e, aos olhos do mundo, estarmos capacitados para o arado, somente com a misericórdia divina e a ajuda dos Céus é que conseguiremos cumprir o que nos foi ordenado.

Quando Deus o enviar a certa região do país ou do exterior, vá. Se sentir a necessidade de se consagrar a fim de ser usado de modo diferente, não deixe o inimigo convencê-lo do contrário. Quem confiar na força do Espírito Santo chegará exatamente ao destino que o Senhor tem preparado para os Seus, porque, ao sermos dirigidos por Ele, passamos a ver as coisas como Ele as vê.

Se o inimigo vier com uma proposta de independência, não se insurja contra a verdadeira sabedoria (Pv 18.1), pois isso será um sinal de que seus interesses estão falando mais alto. Somente o Pai celestial tem o direito de escolher quem fará algo diferente dentro da Sua Igreja.

Os espias foram maus e aceitaram a impressão que o maligno os fez sentir. Com isso, desonraram a Palavra de Deus, fazendo toda a congregação se sentir traída (Nm 14.1,2). Como resultado, dez dentre eles – além dos demais homens que, naquele dia, tinham de 20 anos para cima – foram impedidos de entrar na Terra da Promessa e morreram no deserto (Nm 14.28-30).

Aprendemos, com isso, que a rebeldia exige um alto preço da pessoa que a cultiva, porque despreza a Palavra de Deus; portanto, não a tenha em seu coração. O ex-líder que se desviou, por exemplo, não serve para ser seu conselheiro, pois sabemos que de uma fonte amarga jamais sairá água doce (Tg 3.11,12). Seja sábio e siga a direção do Senhor.