DE ENDEMONINHADOS A SERVOS DE DEUS

Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. Atos 8.12

O servo de Deus precisa fazer a obra de tal modo que até os mais incrédulos creiam no que ele fala. O poder não é do homem, e sim de Deus que nos outorga essa capacidade para que a nossa obra no Evangelho seja completa e perfeita como foi a do Senhor Jesus. Não há desculpa de que o povo é mau, prefere servir ao diabo e, por isso, não nos escuta. As pessoas seguiam Jesus porque viam os sinais que Ele fazia.
Antes de partir para o campo missionário, aquele que foi chamado para tal missão deve provar se, de fato, ama o Senhor – tem e guarda os mandamentos –, pois, se isso não for verdade, ele não será amado pelo Pai celestial (Jo 14.21). Ora, se Deus não honrar a obra que você se propõe a fazer, o resultado será inexpressivo. O Altíssimo só honra os que O honram (1 Sm 2.30). A nossa ministração não pode ser inferior a de ninguém, já que é Deus quem faz a obra.
Os cristãos têm de falar a respeito do Reino dos Céus e do Nome de Jesus. A mensagem firmada nesses dois temas leva os perdidos a tomarem a decisão de se converterem. As pessoas não sentirão que realmente há verdade no pregador se ele falar somente sobre o Reino, ou o Nome do Senhor, pois o testemunho não será completo aos ouvidos de quem o escuta. Portanto, é importante que ele separe esses assuntos para ministrar em vários cultos.
Quando falamos desses dois tópicos, as pessoas ficam alegres e profundamente admiradas, porque é impossível não se maravilhar e seguir o Caminho do Altíssimo ao ver o poder de dEle operando nelas. Esse era o segredo usado por Cristo, pelos apóstolos e por todo aquele que realmente é usado pelo Onipotente. O Mestre nos deu o exemplo para que sigamos as Suas pisadas.
O resultado era que os samaritanos se convertiam e eram batizados. Onde a mensagem não é completa, a conversão a Deus e o consequente batismo não são assumidos por todos. Nós fazemos a diferença pelo modo como ministramos. Por isso, não invente outra maneira de fazer a obra nem se deixe levar pelas mentiras do inimigo; permaneça firme no lugar onde o Senhor o colocou. As tentações serão vastíssimas, mas Jesus é o mesmo sempre (Hb 13.8).
Jamais deixe de levar ao conhecimento de quem você está evangelizando a informação correta a respeito do Reino dos Céus e do Nome que é sobre todo o nome, pois não haverá milagres sem esse conhecimento (Fp 2.9). A cura é um milagre, mas a decisão de ser salvo é o maior milagre que alguém pode experimentar. Não fale somente da salvação da alma, pois o exemplo deixado por Jesus é o da mensagem completa.
O texto nos fornece uma informação preciosa: a pregação correta leva tanto homens quanto mulheres a tomarem a decisão certa. Nos lugares em que as pessoas são apenas membros, o erro pode estar no pregador. Quem fizer a obra como Filipe fez em Samaria experimentará resultados parecidos. Permita-se ser verdadeiramente usado pelo Senhor.

DE IDÓLATRAS A SERVOS DE DEUS

Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro. 1 Tessalonicenses 1.9

Os tessalonicenses entenderam que a Verdade os libertaria da idolatria, a qual é repugnante aos olhos de Deus, e se converteram de todo o coração ao Senhor. Sem dúvida, eles cometiam muitos erros, pois a prática de prestar culto a ídolos leva a outros pecados. No entanto, por causa da mudança de comportamento que tiveram, serviram de exemplo para quem ouve o Evangelho (1 Ts 1.7,8).
A fé dos tessalonicenses tornou-se um instrumento vivo nas mãos do Altíssimo, levando Paulo e sua equipe a se impressionarem e darem graças ao Todo-Poderoso (1 Ts 1.1-3). Eles não só colocaram a esperança no Senhor Jesus de modo decidido e firme, como também tiveram zelo para com os mandamentos divinos. No momento em que isso ocorre, o diabo perde o seu poder de seduzir com as suas tentações. Assim deveria acontecer em todo o lugar onde o Evangelho é ministrado.
A atitude que os irmãos de Tessalônica desenvolveram nas Escrituras provou que foram eleitos pelo Senhor para servir-Lhe. A verdade é que quem nasce de novo logo é impelido a se esforçar para agradar a Deus. Portanto, quando a pessoa não demonstra emoção, mudança de vida nem passa a praticar as boas obras, não houve conversão verdadeira. O Santo Espírito dá a todo aquele que vem para o Reino de Deus um desejo de mudança total.
A responsável pela transformação que tiveram, a ponto de serem elogiados pelos apóstolos, foi a mensagem que chegou até eles. Ela era genuína, sem nenhum acréscimo ou falsificação. Ora, se a pessoa que evangeliza não viver em santidade, nada surpreendente acontecerá. Os que são enviados pelo Senhor da seara devem ter o compromisso de falar a verdade e vivê-la (1 Ts 2.3-8).
Quando a obra é feita no poder de Deus, sob a direção do Espírito Santo, em plena convicção de quem a faz e dentro dos limites da santidade, fato semelhante resultará. O pregador tem de se esforçar para fazer dos perdidos um povo santo para o Altíssimo, sem nunca colocar os seus planos pessoais em ação. Ele deve lembrar-se de que é servo e, por isso, tem de realizar o que o Senhor ordenou.
Se houver algum tipo de perseguição, o ministro do Evangelho não pode deixar o ressentimento, a mágoa ou outro sentimento ruim tomar conta do seu coração nem passar isso para os demais. Só podemos servir a Deus com alegria e, se assim fizermos, as pessoas também receberão a Palavra alegremente, e o resultado será muito gratificante. Nada é mais lindo do que ver os convertidos tornando-se nossos imitadores e de Cristo (1 Ts 1.6).
O alvo do pregador deve ser formar cristãos que sirvam de modelo para os que se converterão, a fim de que a fé destes repercuta na evangelização de outros. Cumpra sempre a missão que lhe foi dada, respeitando a Quem o chamou para tão importante obra.