Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não
tem prazer nele.
Hebreus 10.38
Abraão buscou o Senhor quando sua geração praticava as mais
baixas práticas espirituais. Então, ouviu a voz divina mandar que ele saísse de
sua terra, da casa de seu pai, e fosse em direção a um local que Deus lhe
mostraria (Gn 12.1). Mesmo não sabendo aonde ir, ele obedeceu à ordenança do
Senhor, enfrentando uma dura viagem, com muitos desafios; todavia, não recuou,
mas disse “sim” ao Altíssimo.
A seca trouxe fome para a terra em que ele estava; por isso,
Abraão partiu para o Egito, onde sua esposa, Sara, foi tomada para ser mulher
do Faraó (v. 14,15); no entanto, Abraão soube orar, e Deus o poupou de tamanho
desgosto e desonra. Se ele tivesse tomado outra atitude, não teria agradado ao
Altíssimo. O Todo-Poderoso, então, repreendeu Faraó, que lhe devolveu intacta a
esposa (v. 18-20).
Abraão levou consigo seu sobrinho Ló, o que lhe causou
problemas; afinal seus pastores não se entendiam com os de Abraão. Este poderia
ter dito a Ló que fosse embora, pois fora ele quem recebera a missão divina.
Contudo, deixou que o sobrinho escolhesse para onde iria, o qual escolheu a boa
terra. Ao patriarca, entretanto, não restou alternativa a não ser ir para as
montanhas (13.6-12). Quando o sobrinho foi levado cativo, Deus inspirou Abraão
a ir libertá-lo (Gn 14). Pelo fato de ele ter obedecido ao Senhor, Deus lhe
disse que sua recompensa seria grandíssima (15.1-6).
Enfim, o Altíssimo marcou o tempo para Sara ter um filho (v.
4). Como? Ela estava com 89 anos, e ele, 90. Abraão,
em esperança, creu (Rm 4.18a) e não atentou para seu corpo
já amortecido nem para a idade de Sara. Ele não se deixou enfraquecer na fé;
antes, teve certeza de que Deus honraria Sua palavra. Se ele não tivesse dado
crédito ao Senhor, o que seria de nós hoje?
O rei de Gerar também quis a mulher de Abraão (Gn 20.1-7),
e, por conta disso, o patriarca podia ter desistido de seguir o Altíssimo, mas
sua fé o fez ignorar os problemas do dia a dia. Ele era adulto o suficiente
para saber que o inimigo tenta tirar a recompensa para que o servo não seja
fiel ao Senhor. Se Abraão tivesse recuado, o prejuízo não teria sido apenas
dele, mas nosso também.
Abraão obedeceu a Deus e permaneceu firme na fé – mesmo
quando não havia um animal para o sacrifício –, disponibilizando assim seu
filho Isaque para o ritual (Gn 22.1-18). O patriarca conquistou promessas,
ganhou batalhas e, hoje, é chamado de pai dos que creem.
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